terça-feira, 4 de março de 2014

Cambirela - Palhoça - SC

Cambirela - Palhoça - SC

    Antes de iniciar o artigo quero deixar claro que não recomendo esta subida para montanhistas ou trilheiros inexperientes sem a companhia de alguém que já tenha realizado o percurso.  O caminho é difícil, com muitas pedras e trechos de barro escorregadios, encostas perigosas e muitos animais peçonhentos. Também é necessário um bom preparo físico para encarar as horas de difícil caminhada.  Alguns trechos necessitam de escalada feitos com o auxílio de corda ou simplesmente segurando em pedras, troncos ou raízes.

fonte da imagem:  http://diariocatarinense.clicrbs.com.br/sc/geral/noticia/2013/07/casais-resgatados-teriam-se-cruzado-no-alto-do-morro-do-cambirela-em-palhoca-4212354.html


    A aventura da conquista do Cambirela aconteceu no dia 3 de março de 2014, "segunda-feira de carnaval".  Após perdermos muito tempo tentando encontrar o início da trilha iniciamos a subida às 9 da manhã.  O tempo estava bom e ainda não existia neblina no topo da montanha, porém quando chegamos lá em cima não conseguimos ver quase nada pois a neblina já tinha tomado conta do local, como mostra a foto abaixo.
 

     Subimos pela trilha 2 e descemos pela trilha 1.  O objetivo inicial era subir pela trilha 1, mais íngreme porém mais curta.  O problema é que os moradores desconheciam o acesso para este caminho.  Todos indicavam o acesso para a trilha mais conhecida, que está representada pela trilha 2 na figura.

A aventura:

    Chegamos cedo nos arredores da montanha.  Por volta das 7 da manhã estávamos no posto Ipiranga as margens da BR 101 aproximadamente no Km 223, mas tivemos dificuldade em encontrar o acesso para a trilha e perdemos um bom tempo nesta brincadeira.  Perguntamos aos funcionários do posto e nenhum deles sabia informações dos acessos.  Decidimos voltar pela BR (sentido sul-norte), ainda de carro, e procurar alguma indicação do acesso para a trilha 1 mas não encontramos nada.  Novamente estávamos no caminho que levava ao posto.  Decidimos desta vez entrar na rua que dá acesso a trilha dois (Jacob Vilain Filho) e além de não encontrarmos indicação para a trilha também não encontramos a tal rua Dezesseis tanto mencionada nos sites e blogs que consultamos.  Não encontramos moradores na rua para pedir informação e também não achamos muito seguro deixar o carro estacionado pela região, então voltamos para o posto, deixamos o carro estacionado e resolvemos procurar algum dos acessos caminhando mesmo.  Depois de andar aproximadamente 4Km descobrimos a rua que dá acesso à trilha 2, perguntando para um e outro que encontrávamos na rua.  Iniciamos a subida as 9 da manhã acessando a rua José Miguel Ferreira (nada de rua Dezesseis).  Esta rua termina em uma porteira e fomos informados que poderíamos passar.  Ao atravessar a porteira avistamos uma pequena placa, a uns duzentos metros, que indicava o caminho a seguir para acessar a trilha.  No meio deste trajeto encontramos o dono do terreno e pedimos permissão para passar por suas terras e subir o morro.  Chegando na plaquinha seguimos pela direita e encontramos outra placa que indica o caminho e confunde ao mesmo tempo.  A dica é, depois de passar a segunda placa, não iniciar a subida e continuar caminhando pelo terreno plano em direção a outra cerca onde encontramos um tipo de escada em madeira que ajuda a atravessar para o outro pasto.  Dai em diante  não sabíamos continuar e por sorte encontramos um senhor no pasto que nos deu a dica de como acessar a trilha, segundo ele teríamos que chegar em uma palmeira, facilmente avistada no pasto um pouco antes de começar a mata fechada, e dali em diante seguir pela trilha, que segundo ele era fácil de achar.  O senhor completou a informação dizendo que era o único caminho que conhecia e que foi por ali que o "pessoal desceu os corpos".  Corpos ?!?!  Se não soubéssemos a história do acidente com o avião da FAB em 1949 teríamos ficado assustados com a informação sinistra antes de iniciar a subida.  Pedimos informação também sobre o gado e ele nos informou que eram mansos.  Ok.

    Passamos pelo primeiro rebanho e tudo bem, mas quando chegamos mais acima encontramos um número maior de gados e alguns com os chifres grandes e afiados.  O pior é que todos eles voltaram suas atenções para nós e quando dois deles levantaram ficamos alertas.  Depois de alguns segundos a galerinha do chifre começou a vir em nossa direção e foi o suficiente para a primeira dose de adrenalina do dia.  Nosso grupo era formado por três pessoas:  eu, meu colega Klaibson e sua namorada Luciana.  Quando os gados vieram a Lu correu primeiro e passou por baixo da cerca, quando olhei para o lado ela já estava dou outro lado.  Eu também corri, mas tive problemas pra tirar a mochila, com presilhas na cintura e no peito, e como se não bastasse, ao rastejar no chão para atravessar a cerca minha camiseta ficou presa no arame farpado.  O Klaibson deu uma estacionada e os gados também.  Nosso nobre colega usou de suas habilidades de "domador de gados" e espantou o a galera para a parte baixa do pasto.  Seguimos então em direção a bendita palmeira e mais dificuldade para achar o acesso à mata fechada, até que encontrei uma cerca cortada e um caminho batido que indicava o início real da empreitada.

    Combinamos de revesar a posição de batedor e eu assumi a primeira rodada.  Depois de alguns minutos de caminhada já dei de cara com muitas teias localizadas sempre na altura da cabeça, as vezes um pouco mais abaixo, e as donas das teias não eram nada pequeninas.  Algumas aranhas tinham aproximadamente 10 cm.  Continuando a subida tivemos a segunda surpresa: uma cobra coral (tem uma foto mais abaixo).  Deixamos ela em paz e passamos pela lateral da trilha com muito cuidado.

    Subindo... subindo... subindo.  Pedras escorregadias, e trechos com folhas secas no chão.  Depois de encontrarmos a Coral comentamos que outra cobra, com cores mais parecidas com as folhas no chão, seriam mais difíceis de serem visualizadas, como a Jararaca por exemplo, e não é que mais a frente, quando a Lu havia assumido a posição dianteira, havia uma jararaca no caminho, e o pior foi que a Lu pisou na cabeça da cobra.  Quando isso aconteceu o Klaibson gritou para ela ter cuidado com a cobra, porém a Lu não imaginava que tinha pisado na cabeça dela.  Parecia ser um filhote de aproximadamente 40 cm e ainda bem que a pisada foi na cabeça e não no rabo da cobra, senão poderíamos ter um acidente com nossa colega Lu.  Deixamos a cobra seguir o caminho dela e continuamos o nosso.

    A atenção nesta trilha tem que ser redobrada pois em alguns pontos é muito fácil se perder.  Em determinado momento, em um trecho duvidoso da trilha, pegamos o caminho errado e logo percebemos que deveria ter um mais fácil, então retornamos cerca de 30 m.  Eu estava na frente quando e um momento do caminho percebi duas opções para descer um trecho e falei pra galera  que o melhor era a descida pela pedra pois do outro lado era tombo na certa.  Resultado:   só eu fui pela pedra e o "tombo na certa" foi eu que levei.  Cai em uma pequena pequena piscina formada pelo riozinho entre as pedras e me molhei até a altura do joelho.  Botas e meias molhadas e nem havíamos chegado na metade da subida.  Fica a dica pra sempre levar um par de meias reserva, mesmo que a caminhada seja só de um dia.  Este foi o primeiro tombo de muitos.

    Em diversos trechos perdemos tempo pela dificuldade de acesso, sendo necessário um estudo de como subir tentando minimizar os riscos.  Encontramos um primeiro e único lance de corda durante a subida.  O paredão tem uma altura aproximada de seis metros.  O difícil era ter de confiar naquela corda.  Subi primeiro com muito cuidado e também me segurando em raízes e nas partes não escorregadias das pedras.  Quando superei o obstáculo lancei a corda que havia levado para meus dois colegas subirem.  Tiramos as mochilas e depois puxamos elas com a corda, pois nesta parte, uma fissura um pouco estreita, a mochila atrapalharia muito a subida.
    Na parte de cima do obstáculo havia uma pequena árvore com uma garrafinha de água, velha e suja entre dois galhos.  Eu e a Lu já tínhamos subido e percebemos o lixo (a garrafa d'água) e sua posição estratégica na árvore, então resolvemos deixar pois de certa forma representava uma marca para orientar os trilheiros.
    Quando os três estavam na parte superior do trajeto conquistado comecei a desfazer os nós da minha corda e percebi que a Lu havia olhado para o Klaibson e apontado para a garrafa d'água na árvore.  Aí então aquelas cenas e filme ou desenho animado.  Ele pega a garrafa e dá aquele gole.  Eu não estava olhando mas escutei a Lu gritando "Não!!  esta água é suja!!" e logo após o Klaibson esguichando água pela boca.  Na hora ele ficou bravo mas foi muito engraçado.  Na verdade quando ela apontou para a garrafa quis apenas mostrar o lixo para ele, porém ele entendeu que ela estaria lhe oferecendo água e assim aconteceu toda a confusão.  Eu não consegui disfarçar e ri porque a cena foi hilária.

    Depois de muita mata fechada enfim chegamos ao "Ombro" - o primeiro topo do Cambirela.  O tempo estava totalmente fechado e lavamos aproximadamente 4h e meia na subida.  Nos alimentamos, descansamos um pouco e então continuamos o caminho, agora pela crista da montanha em direção ao topo mais alto.  Esta caminhada leva em torno de 20 min.

    Entre o "ombro"  e o topo encontramos uma área para acampamento e também o acesso para a trilha 1.

    Resolvemos descer pela trilha 1, mesmo sem conhecer, pois chegamos a conclusão que a descida pela trilha 2 seria muito difícil.  De fato, a descida pela trilha 1 foi muito mais fácil.  Mais tombos de toda a equipe, vegetação cortante, teias de aranha e trechos que geravam dúvidas, mesmo assim concluímos que foi mais fácil do que a trilha 2.  Ressalto que "o mais fácil" é apenas uma comparação com a trilha 2, pois o caminho pela trilha 1 também é de alta dificuldade.  Mais rápido porém mais íngreme, onde um escorregão ou um tombo pode ser fatal.

    Saímos da mata fechada aproximadamente às 18h h, caminhamos mais um pouco pelo acostamento e marginal da BR101 e chegamos no posto onde estava estacionado o carro aproximadamente às 18:40.

    Terminamos esta trilha muito cansados, machucados e sujos mas com aquela sensação gostosa de missão cumprida.


Acessos:

Trilha 2: pela BR 101 (sentido norte-sul) acessamos a marginal após passar a ponto sobre o rio Cubatão e então entramos na primeira rua a direita (Jacob Vilain Filho).  Seguimos pela Jacob Vilain até passar o mercado Alvorada e entramos na rua José Miguel Ferreira (alguns artigos falam rua dezesseis, porém os moradores desconhecem este nome).  Seguimos esta rua até o final onde esbarramos com uma porteira.  Devemos passar pela porteira e solicitar educadamente (se existir alguém pelo caminho) permissão para entrar na trilha pois estamos em terreno privado.  Logo após passar pela porteira avistamos uma placa indicando o acesso para a trilha a direita.  Temos que atravessar pastos particulares e pular uma cerca com uma parte em madeira própria para a travessia parecida com uma escada.  Passamos também por alguns gados que a princípio podem assustar, porque uns tem chifres grandes e afiados, porém são mansos.  Nestes pastos a missão é achar trilhas formadas pela chuva próximas a um coqueiro e depois atravessar uma outra cerca.  (quando subi esta última cerca de arame farpado estava cortada permitindo o fácil acesso a mata fechada, porém esta situação pode mudar pois depende da boa vontade do dono do terreno deixar ou não o acesso desta maneira).  Resumindo, é muito fácil se perder já no início da trilha devido a falta de sinalização.  Falha muito comum no nosso Estado devido a falta de incentivo da iniciativa pública e privada ao ecoturismo.

Trilha 1:  O acesso à trilha 1 fica na margem da BR 101 aproximadamente no Km 222.  É muito mais difícil de ser encontrado por também não ter indicação e pelo desconhecimento dos moradores locais.  Encontramos o acesso 1 porque fizemos o caminho inverso, ou seja, no topo do morro sabíamos da existência dele e resolvemos arriscar a descida por esta trilha.  Como mostra a figura abaixo as três trilhas se encontram antes da chegada ao pico da montanha.  Subindo pela trilha 2 ou 3 chegamos no primeiro pico que é chamado de "ombro" e após este ponto continuamos a subida pela crista da serra até acessar o cume.  No percurso desde o "ombro" até o cume passamos primeiro pela região de acampamento e logo após, antes de chegar ao cume, avistamos uma trilha a direita (caminho de descida pela trilha 1).

Considerei a descida pela trilha 1 relativamente mais fácil do que seria pela trilha 2.

Dificuldade:

    A dificuldade para subir o Cambirela é alta.  A altitude de 1043 m não é o maior obstáculo.    O tempo de subida pode variar de 3 a 4 horas pela trilha 2.


    O caminho mais conhecido - trilha 2 - tem muitos pontos de grande dificuldade.  Alguns trechos devem ser conquistados com o auxílio de corda.  Existem algumas cordas fixas pelo caminho, mas aconselho a levar a sua.  No meu caso primeiro subi alguns trechos "confiando" na corda existente e também me segurando em algumas raízes e depois lancei outra corda para o grupo subir.  Subimos em um tempo seco e mesmo assim a maioria das pedras estavam muito escorregadias.  Outro fator característico é a necessidade de usar muito as mão para ajudar no apoio durantes as subidas, seja para segurar em pedras, raízes ou árvores e isto aumenta muito o risco de ser picado por algum animal peçonhento.  Então a dica que fica é observar muito bem onde coloca as mãos na hora de subir ou descer pelas trilhas.

    Muitos pontos geram dúvidas durante a subida ou descida, tanto pela trilha 1 como pela 2, por isso tente seguir algumas marcações feitas por outros trilheiros, utilizar a tecnologia e a experiência.

Água:
 
    Na trilha 2 encontramos várias fontes de água pelo caminho até o topo.  Na trilha 1 também existem, porém em número bem menor.  Lembrando que, mesmo neste caso é bom levar sua água e reabastecer pelo caminho se for o caso.

Vegetação:

Muitas plantas cortantes e com espinhos durante toda a caminhada das trilhas 1 e 2.   Recomendo a utilização de calça e camisa de manga longa, mesmo se estiver calor, pois além de proteger pernas e braços de cortes e arranhões também ajuda a proteger dos insetos.

Animais:

    Muitos animais peçonhentos foram encontrados durante a caminhada.  Na trilha 2 encontramos uma cobra coral (imagem abaixo) e uma jararaca.  As duas bem no meio da trilha, inclusive uma das trilheiras pisou na cabeça da jararaca e por pouco não houve um acidente.  Foi muito difícil visualizar a cobra pois se confundia com a coloração das folhas secas no chão.  Muitas teias de aranha também são encontradas durante a trilha, geralmente na altura da cabeça, e o tamanho das aranhas são bem variados, algumas chegam a medir de 8 a 10 cm aproximadamente.  Não matamos as cobras e nem as aranhas pois temos que lembrar que nós estamos no ambiente deles e não o contrário, então o que podemos fazer é ficar muito atentos para que não aconteçam acidentes.


    A foto abaixo foi feita durante a descida pela trilha 1.  Neste ponto, apesar da neblina conseguiamos ver uma pequena parte da paisagem a olho nu, mas infelizmente a camera não capturou a imagem.


Pequena trégua da neblina durante a descida pela trilha 1 mostrada na foto abaixo.  Praia de Fora em Palhoça no canto direito da foto.


Abaixo a foto de uma pequena caverna encontrada na descida pela trilha 1.



Curiosidades e fatos: 

- Existem sites informando que Cambirela significa "Montanha próxima do mar" e outros que este nome é de origem Tupi Guarani e significa "Grande Seio".  Vale a pena a pesquisa;

- Existem especulações sobre o Cambirela ser um vulcão extinto devido a presença de águas termais próximas a ele;

- Um fato triste foi o choque de um avião do Correio Aéreo Nacional em 1949 contra o Cambirela.  Todos os tripulantes morreram.  Mas como se não bastasse, um fato de extrema repugnância aconteceu na sequência.  Antes da chegada do grupo de Busca ao local, seres humanos desprezíveis já haviam passado por lá para saquear o local do acidente e também os mortos.  Relatos afirmam que existia cadáver com dedo cortado para que fosse roubado o anel e outros relatam atrocidades piores que prefiro não comentar aqui e deixar para que os interessados pesquisem na internet se assim desejarem.  Confesso que é difícil não ter nojo de alguns da espécie humana depois de ler tais relatos.



    Espero ter ajudado um pouco com as informações sobre esta trilha pretendo fazer outra vez a subida para explorar melhor as trilhas e também fazer mais fotos com o objetivo de melhorar a documentação, se o tempo ajudar é claro.

    Abraço aos trilheiros, montahistas e aventureiros de plantão e se precisarem de alguma outra informação podem entrar em contato comigo através do e-mail andersonb1502@gmail.com



9 comentários:

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  2. Bacana seu relato, eu subi e desci pela trilha n° 1 e pretendo conhecer ao menos mais 1 das 2 que vc indicou!

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  3. Bacana seu relato, eu subi e desci pela trilha n° 1 e pretendo conhecer ao menos mais 1 das 2 que vc indicou!

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  4. Interessante, subi pela 2 e desci pela 1, não tinha percebido quando subi pela 2 que havia uma 3ª... subi num dia totalmente sem nuvens, estava maravilhoso, só me arrependo de não ter usado repelente, foi mais difícil aguentar os insetos do que fazer o esforço físico em si. Só não concordo que seja difícil, subi em aproximadamente 2 horas + ou - 5 min de margem de erro e desci em 1h e 40min.

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  5. Fiz o percurso ontem, subi 2 e desci 1, animais é uma constante na trilha, visualizei uma aranha muito grande, tamanho de uma mão de adulto na subida e uma cobra Jararaca de aproximadamente 60 cm na descida pela 1.

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  7. Boa noite. Vcs teriam o mapa cartografico com escala da trilha. Pretendo ir mais vou usar carta e bussola. Se alguem tiver favor enviar para: pedraounesc@bol.com.br

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  8. Boa noite, sabe me dizer onde fica a localização do avião que caiu em 42?

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  9. Boa noite, sabe me dizer onde fica a localização do avião que caiu em 42?
    nandosanto@hotmail.com

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